É provável que, sem o apoio explícito de Bernal, Marquinhos arrebanhasse 60% dos votos do prefeito na eleição de segundo turno.
Mas caso o prefeito viesse manifestar apoio a Rose - o tucanato estaria hoje elogiando as suas qualidades com grande alegria comemorativa - certamente o fato seria potencializado e derrubaria o ânimo daqueles que torcem pelo candidato do PSD. O cenário ficaria nebuloso.
Enfim, trata-se de movimento mais emocional do que racional.
Marquinhos Trad, nesse sentido, venceu jogo psicológico importante, visto que, sem Bernal, ele teria que lutar contra um sentimento de consenso político extremamente complicado.
Agora, a campanha de Rose terá que tentar desconstruir essa chancela.
Seus apoiadores estão batendo pesado na rede social. Mas o paradoxo sempre fica: se Bernal tivesse decidido o contrário, quem estaria batendo nele seria a turma de Marquinhos.
Assim é a política. Como diz aquele velho provérbio "o inimigo do meu inimigo é meu amigo".
Bernal deve ter feito uma escolha sob estrito cálculo político para 2018.
Ele pode ser meio maluco, mas está provando a cada passo que é mais esperto do que se imagina.