O governador Reinaldo Azambuja anuncia que enviará à Assembléia Legislativa uma reforma na estrutura administrativa do Estado. A papelada está sendo produzida pelo secretário Eduardo Riedel.
A ideia será enxugar custos e dar maior agilidade às decisões governamentais.
Avisa-se ao distinto público que haverá extinção e fusão de secretarias, corte de funções e redução de cargos comissionados. Ou seja: o de sempre.
Na teoria, ótimo. Na prática, trata-se de esperar para ver.
Ninguém gosta de reformas. Toda a vez que um governo se vê obrigado a fazer isso é porque está preparando um saco de maldades.
No começo do Governo Azambuja escrevi um artigo de relativa repercussão mostrando esse movimento pendular daqueles que chegam ao poder: no primeiro momento, festa; no segundo, começam os muxoxos; no terceiro, punem-se os inocentes.
Fui acusado de ressentimento e perseguido pelos capitães do mato.
Essa é a vida.
Azambuja parece que está acelerando: prepara agora a punição daqueles que sempre pagam o pato pela inépcia administrativa.
Mesmo antes de conhecer o inteiro teor das propostas de reforma vou no cerne da questão: de nada adiantará essa pirotecnia publicitária - mais uma - se o núcleo duro permanecer o mesmo.
Ou alguém imagina que será possível qualquer mudança na administração enquanto estiver mandando na máquina o famoso entorno da República de Maracaju?
Alguém arriscaria dizer que é viável qualquer reforma com Sérgio de Paula, Carlos Assis, Ivanildo Miranda, príncipes e reizinhos por todos os lados?
Vamos parar com brincadeira, né?