O Correio do Estado deste sábado vem com forte manchete: "Olarte negocia delação". O inpacto político será forte.
A reportagem, de autoria da jornalista Zana Zaidan, informa que o ex-prefeito Gilmar Olarte, hoje preso, estaria negociando, simultaneamente, a renúncia do cargo de vice-prefeito e a delação premiada que visa "entregar detalhes de esquemas milionários para irrigar a campanha eleitoral de candidato que disputou o Governo em 2014", segundo o Jornal.
O material jornalístico não cita nomes. Refere-se às Operações Pecúnia e Coffee Break, sob o comando do Gaeco.
Deixa que os possíveis nomes a serem citados fiquem no ar.
Além disso, enfatiza que o depoimento de Olarte ficaria circunscrito a "campanha eleitoral de candidato"( no singular), o que leva a inferir que se trata da campanha de Azambuja e Rose Modesto.
Olarte pode até ter contribuído para o caixa de Delcídio e Nelsinho, mas gravações interceptadas em posse de advogados e jornalistas mostram conversas de reuniões combinadas com Rose e Reinaldo em várias ocasiões. Vai daí...
Nas entrelinhas, a reportagem tem um propósito evidente: trata-se de um "recado" aos dois, afirmando claramente que não "pagará o pato sozinho".
O Correio revela também que a esposa de Olarte, Andréia, também presa, tem feito forte pressão para que tudo seja revelado.
Ela tem a saúde debilitada e, de acordo com informações sabidas, vem sendo admoestada por várias detentas do presídio feminino.
O vice-prefeito vem buscando no Judiciário estadual e no SFT decisões que possam libertá-lo da cadeia, transferindo-o para o regime de prisão domiciliar.
Mas está perdendo as esperanças.
Neste aspecto, percebe-se que ele tenta agora uma cartada mais ousada: pressionar psicologicamente aqueles que podem agir nos bastidores para conseguir decisões favoráveis.
Certamente, o caso terá impacto determinante na campanha eleitoral de Campo Grande.
Olarte posta no seu facebook homenagem
ao governador e vice no dia da Posse