O quadro político é de incertezas. Por enquanto, paira no ar a dúvida se haverá ou não segundo turno.
Essa mesma situação ocorreu na eleição em que Nelsinho Trad (em 2004) quando ele tornou-se prefeito pela primeira vez em Campo Grande.
Seu antagonista da ocasião era o petista Vander Loubet. Nelsinho figurava com 43% das intenções de voto nas pesquisas e Vander Loubet 25%. Somando com todas as candidaturas havia a hipótese de dois turnos. Não deu. O novo prefeito foi eleito com 52% dos votos.
Naquele tempo, faltando uma semana para o dia do pleito escrevi um editorial no Correio do Estado, analisando os levantamentos estatísticos, cravando a impossibilidade de haver ocorrência de dois turnos. O mundo quase caiu na minha cabeça.
Se eu estivesse errado seria crucificado. Não fui. Daquela vez.
Agora o quadro é outro, a sociedade é outra, o momento diverso. Não estou tão seguro para correr risco. Mas posso arriscar um palpite: se não acontecer um gravíssimo fato novo prejudicando Marquinhos Trad ele fecha o pleito no próximo domingo.
A atual estabilidade da campanha o favorece. Ele só precisa expandir um pouco nas camadas médias para ter uma vitória mais tranquila.
Mas caso haja segundo turno, prefiro que vá Bernal.
Imaginem que ele seja derrotado por Rose. E que ela vá ao segundo turno.
Complicado: Bernal terá os meses seguintes, antes de transmitir o cargo para o próximo prefeito, tempo de sobra para bagunçar o coreto.
Ele estará ressentido com a cidade. E nesses momentos não resistirá em deixar uma herança maldita para seu sucessor ou sucessora.
Tremo só de pensar.
Na dúvida, melhor Bernal para o segundo turno.