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Iguatemi e Bonito: Azambuja precisa saber que a política não precisa de polícia



Dois fatos envolvendo a polícia quase que subsequentemente em campanhas eleitorais não pode ser coincidência. Tudo muito esquisito. Vamos aos fatos.

O primeiro em Iguatemi, na última sexta-feira, num comício em que o ex-governador André Puccinelli e o deputado federal Carlos Marun estavam presentes, quando aconteceu a invasão de um policial armado, que ameaçou a atirar no público ao ter recebido vaias. 

Suspeita-se que tenha sido ação estimulada pela candidatura do PSDB, conhecida por Dra. Patrícia. Ela disputa a prefeitura contra um candidato do PMDB.

O segundo, no município de Bonito, com a disputa entre um candidato tucano (Odilson Soares) contra outro do PR (Josmail). 

Nesse caso, a  irmã do candidato do PR foi levada à delegacia e obrigada a se despir para ser revistada devido a uma denúncia anônima de compra de voto. Estranho.

Por causa disso,  hoje o ambiente político em Campo Grande ferveu. 

O deputado Marun chamou o acontecimento em Iguatemi de "terrorismo", denunciando um claro aparelhamento do Estado para influir no resultado das eleições. 

O deputado Paulo Corrêa, governista até debaixo d'água, estava revoltadíssimo com o governador por ter identificado na ação em Bonito uso e abuso do poder público para "promover insegurança". 

Há tempos o blog denuncia esse viés fascista do atual governo do Estado, no qual os capitães do mato do governador estimulam essa prática de utilização da polícia para intimidar e ameaçar as liberdades e direitos dos cidadãos. 

Tem gente que pode pensar que isso é episódico. Garanto que não é. Fui vítima e testemunha disso.

Parece que ainda não foi incorporado pelo núcleo duro do governismo a ideia de que estamos vivendo numa democracia. 

A República de Maracaju parece adepta daquela velha frase do coronelismo local de que "se foi nóis que afundou é nóis que manda". 

Os dois acontecimentos no interior do Estado parecem fruto de uma mentalidade primitiva que está tomando conta de todo o Estado. 

Recentemente, o candidato do PPS de Campo Grande, Athayde Nery, identificou e revelou essa vontade "hegemônica" do PSDB de Azambuja  no sentido de dominar o cenário político. 

Tudo bem, essa talvez seja a lógica do poder dessa gente, mas não é preciso exagerar nem usar a polícia.