A governadoria está monitorando o engajamento na campanha eleitoral de Rose Modesto nos primeiro e segundo escalões nestes últimos dias pré-eleição. A pecha de "traidor" é a mais ouvida nos corredores entre assessores. A palavra provoca medo.
O Chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, e o coordenador Carlos Alberto Assis receberam ordens para observar quem está se empenhando e quem está fazendo corpo mole para tentar levar a candidata tucana ao segundo turno.
Segundo informações, a dedicação e militância política vão contar numa possível reforma do secretariado que o governador Azambuja pretende fazer logo após o encerramento do processo eleitoral.
"Tem muita deduragem, intriga, disse-me-disse, o ambiente está insuportável", comentou um dos secretários, com a promessa de sigilo em torno de seu nome.
A personagem mais visada do momento é a Secretária de Educação, Maria Cecília Amêndola, acusada de ter permitido que prosperasse no professorado a ideia de que houve coação política entre o funcionalismo, obrigando-o a participar de grandes reuniões eleitorais.
Cecília, desde então, passou a fazer mais postagens políticas em sua página no facebook mostrando adesão total à campanha de Rose e até obrigando assessores comissionados a colocarem adesivos em seus carros.
"O clima é péssimo, mas todo Governo faz o mesmo na hora campanha, principalmente quando as pesquisas não são favoráveis", relatou a esse blog um assessor próximo da secretária. "Coitada, a Cecília está sendo vigiada de perto pelos olheiros do governador".
Com exceção dos setores mais técnicos, a pressão sobre o funcionalismo é "quase insuportável".
"O Sérginho e o Assis parecem loucos, estão muito tensos, propensos a cometerem erros graves por causa do desespero", comenta.
E o governador Reinaldo diz alguma coisa?
- Ele é um mistério; ninguém sabe o que pensa; é muito fechado em torno de um grupinho, nada vaza.