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Eleição poderá terminar no primeiro turno em Campo Grande?


Eleição é como um labirinto: você sabe como entrar e nem imagina como sairá lá na frente - se é que sairá. 

Vou entrar: a rodada de pesquisa desse começo de semana sinaliza que a eleição em Campo Grande poderá terminar no primeiro turno. 

Sei que é prematuro afirmar isso, mas longe da percepção dos especialistas corre solto na praça fenômenos insondáveis. Ou seja: há uma raiva latente sobressaindo aquela imensa vontade de chutar o balde.

Por mais que estejamos viciados em ideias do passado, olhando para os processos eleitorais que já experimentamos, podemos dizer que tem algo novo ocorrendo na sociedade, que poderá resultar em surpresa no próximo escrutínio. 

Estou intrigado com o distanciamento das pessoas na atual campanha. Talvez um pouco de baixaria no horário eleitoral ajude a despertar a massa de seu sono letárgico, levando-a a ficar atenta sobre a disputa do momento. 

Fiz uma consulta informal pelo Whatsapp com 20 amigos que considero os que mais entendem de temas políticos na cidade, perguntado qual a opinião sobre a possibilidade de a eleição ter um ou dois turnos. 

Desses, 15 afirmaram categoricamente que a eleição terá dois turnos (Trad e Rose) e 5 ficaram em dúvida, sendo que dois disseram que tudo dependerá do debate. 

Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou menos. Probabilidade de acerto: 95%. Enfim, uma pesquisa tão válida como todas que estão por aí. 

Imagino que se o índice de abstenção for elevado, Rose e Bernal ficando com votações aproximadas e Marquinhos Trad mantiver a resiliência atual, a brincadeira acaba no dia da votação. 

Se Rose e Bernal subirem equilibradamente, tirando ambos votos de Trad, e reduzindo os famosos "não sabe/nulo/branco"?. Aí talvez a eleição poderá ir ao segundo turno. 

Quem irá? Mistério. 

A lógica indica que serão Trad e Rose a disputarem o comando da Capital. 

E se Bernal reagir? 

Fumaça. 

Para Marquinhos esse será o melhor dos mundos . 

Para Rose também. 

Mas sempre existe o imponderável num processo eleitoral: como sair do labirinto?