Em que pese o fato de o governador Azambuja (e seus capitães do mato) não serem os primeiros - e nem serão os últimos - a utilizarem os instrumentos do Estado (recursos, funcionários, veículos, espaço físico, polícia, fiscalização, etc, etc, etc) para influírem nas decisões eleitorais à medida que o dia do pleito se aproxima, dessa vez parece haver um açodamento de fundo fascista em que "tudo pode, só não vale perder".
As denúncias de abuso de poder e uso das instituições públicas transbordam.
De longe, fica a impressão de que o núcleo duro do Governo está autorizado a jogar tudo na reta final, inclusive mandando às favas os escrúpulos.
Para quem gosta de "propagar" os pré-requisitos da "nova política", tudo isso parece coisa que remonta os tempos da República Velha e as práticas de Horácio de Mattos (alô, alô, historiadores).
A chamada "reserva moral" do tucanato está constrangida com os fatos sabidos - muitos que ainda não chegaram à imprensa - e tentam isentar o governador Reinaldo, apontando na direção do Chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, e Carlos Alberto Assis, Coordenador da campanha de Rose Modesto.
"Eles fazem as coisas sem conhecimento do governador, com total autonomia", comentam.
Bem, se for assim, é mais grave ainda porque demonstra que Azambuja perdeu o controle de seu Governo.
É lamentável.