Pages

Azambuja tem que explicar terror da polícia na vida política do Estado


Qual o papel do governador Reinaldo Azambuja nas ações da polícia em vários municípios do Estado em campanhas eleitorais?. Ele tem participação nesse processo?. Ele tem conhecimento e tem se omitido?. Afinal, qual sua posição pública em torno desses fatos de gravidade institucional extrema?

 Em Iguatemi, em Bonito, Jardim e Águas Claras - pelo que se sabe até o momento - a polícia tem agido de maneira truculenta para impedir que opositores ao PSDB possam atuar livremente em campanhas eleitorais. 

Até a deputada Graziele Machado denunciou recente intimidação e foi ameaçada de fazer campanhas nas ruas de municípios do interior. 

Convenhamos, Graziele não é uma radical muito menos uma pessoa agressiva politicamente falando. Mesmo assim, para se proteger da polícia teve que fazer boletim de ocorrência, além de ter recebido ameaça de morte.

Disputas locais sempre existiram. Em pequenos municípios, onde os grupos antagônicos se conhecem entre si, trata-se do evento mais natural do mundo. 

Mas essa é a primeira vez que tenho notícias da presença policial interferindo diretamente em nome do partido que está no Governo para impedir a livre manifestação da vontade de eleitores. 

Nesse aspecto, estamos vivendo uma regressão. 

Se o governador não tem conhecimento de como nascem essas maluquices é necessário que ele determine uma rápida intervenção junto ao secretário de Segurança Pública para colocar ordem na bagunça. 

Se ele permite que a polícia seja aparelhada dessa maneira, convém informar mais uma vez que estamos vivendo uma democracia. 

Se algum personagem de proa de seu governo tem alguma relação perversa com a ditadura - e age nas sombras, como afirmou ontem o deputado Flávio Kayatt, em sessão na Assembléia Legislativa - é preciso rápida intervenção para impedir que o pior aconteça. 

O mais engraçado nessa história é observar o comportamento dos parlamentares do PT. Antes tão combativos, agora todos em silêncio, guardados no bolso do governismo. Impressionante. 

A situação é grave. Se o governador não participa desses arreganhos ditatoriais deve esclarecer a sociedade, antes que a mera suposição se confirme - pelo silêncio e omissão - em fato concreto.