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A semana vai ferver


Nem bem começou a semana, as redes sociais - depois da prisão do ex-Ministro Antônio Palocci e mandados de condução coercitiva, inclusive em Campo Grande - estão mostrando o melhor e o pior da humanidade. 

A mídia de um modo geral acompanha esse movimento. 

Todos somos cobrados de alguma maneira. 

Querem arrancar de dentro de nossa alma quem somos, com quem estamos, que interesses apoiamos, em quem vamos votar e assim vai... 

É praticamente impossível qualquer laivo de neutralidade. 

A demanda para que se encontre a nossa posição nesse cenário tão difuso parece atender desejos atávicos de conluios, repulsões, preferências e aderências. 

Se alguém se nega a ser explícito - até para não entrar de cabeça em brigas que não são suas - não adianta. As entrelinhas acabam dizendo muito mais do que você acha que realmente pensa e acredita. Como se diz, não basta provar, tem que ter convicão. 

Nesse momento até o silêncio revela sua personalidade mais do que seus barulhos externos e internos. 

Explicar é inútil. Posicionar-se livremente, impossível. Racionalizar o processo, perda de tempo. 

Por isso, achei as ideias do historiador belga David van Reybrouck, autor do livro "Contra as eleições: uma defesa da Democracia", em entrevista nas páginas amarelas de Veja, tentadoras. 

Talvez a melhor forma de escolher prefeitos e vereadores seja por sorteio. 

Erraremos menos.