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A proibição da pesquisa IBOPE


A TV morena noticiou agora à noite que a Coligação "Juntos Por Campo Grande", que apóia a candidatura de Rose Modesto, conseguiu proibir na justiça a divulgação dos resultados da ultima pesquisa IBOPE. 

As razões alegadas para que fosse concedida essa medida liminar não é conhecida inteiramente, mas de qualquer modo isso causa impacto negativo em qualquer campanha. 

O eleitor que recebe essa informação - esteja de que lado for, torcendo para qualquer um dos candidatos - saberá, por dedução, que ninguém, em sã consciência, pede para proibir um levantamento que lhe seja favorável, ou que sinalize que se esteja em condições de disputar um segundo turno. 

Por maior que seja a boa vontade de qualquer analista político com a candidatura tucana, sabe que esse fato acende uma luz amarela em qualquer campanha. 

O eleitor médio que está boiando no torvelinho de inúmeras pesquisas, com números díspares emanados de todos os lados, deve estar perguntando aos seus botões: ué?, que diferença faz nessa altura do campeonato mostrar quem está na frente ou atrás se, por princípio, todos os levantamentos são falsos?

Se eu fosse simpatizante de Rose ficaria preocupado com essa proibição da pesquisa IBOPE porque o impacto de tal notícia demonstra que ela se encontra em péssima posição, tornando inclusive inútil a divulgação dos números. 

A campanha de Rose agora passa a lutar contra a imaginação das pessoas porque todo número contra ela torna-se crível. Quem está confiante de que vai para o segundo turno jamais poderia pedir na justiça a proibição de uma pesquisa praticamente na boca da urna. 

A lógica embutida na cabeça das pessoas é uma só: a proibição representa - verdadeiramente ou não - o prenúncio da derrota.