Temer é o que temos
O ato de posse do novo presidente do Brasil, Michel Temer, foi rápido e discreto. Não é momento para festas. A crise brasileira demanda posturas diferentes, mais ajustadas a figurinos delgados do que a de modelitos espalhafatosos, tipo estampa de sofá.
Espera-se que Temer a partir de agora domine a cena e indique saídas. A viagem à China pode ser um bom momento para espalhar otimismo.
Dentro da estratégia do novo presidente, nada mais importante nesse momento do que a chancela internacional e a indicação de celebração de acordos comerciais futuros para aliviar as tensões dos investidores.
Sabe-se que a mídia venderá analises promissoras, tentando criar um clima mais ameno para os novos ocupantes do poder. Isso aconteceu com Lula e Dilma.
O problema de Temer, contudo, é que ele terá pouco tempo.
A economia brasileira está em frangalhos. Previsões mais otimistas indicam que o alivio poderá ser realmente percebido a partir do final de 2019.
Mas todos sabem que o processo econômico tem elementos motivacionais capazes de alterar previsões negativas e recolar o otimismo no lugar.
Tomara que o novo governo consiga fazer isso.