O grande diretor espanhol Luis Luis Buñuel dizia que a melhor qualidade de um ator ou atriz é a burrice.
Para atuar é preciso um talento especial de anulação do ego. A pessoa muito inteligente tem um senso autocrítico tão exacerbado que ele não consegue abstrair-se de seu centro psquíco para dar lugar a um personagem.
Trata-se de uma tese. Como Buñuel era um sujeito autoritário ele queria atores ou atrizes que o obedeciam cegamente, sem questioná-lo, isto é, marionetes falantes, ou então bonecos emocionais.
É assim que vejo a atriz Letícia Sabatella em sua maluca militância para tentar impedir o que ela chama de “golpe”.
Imaginem uma pessoa minimamente com noção vestir uma camisa verde-amarela e entrar numa manifestação de camisas vermelhas.
No mínimo vai parecer provocação. No máximo, o cara é masoquista e está pedindo para ser xingado ou levar umas porradas.
Mas Letícia Sabatella deve pensar com seu típico miolo- mole que é inimputável.
Sua entrada triunfante no meio de 25 mil manifestantes pró-impeachment em Curitiba no último domingo só podia dar em confusão.
Será que por aquela cabecinha de vento não passou que tal procedimento seria um risco? Ela deve acreditar nessa “democracia benevolente” que habita a cabeça de artistas cabeças feitas, achando que as pessoas reunidas coletivamente suportam serem vítimas de piadas de mau gosto.
Letícia deve ter faltado àquela aula de Elias Canetti (Massa e Poder) que diz que todo coletivo é irracional.
A turba provocada sempre usa algum tipo de violência para fazer sua “descarga”.
Não há outra palavra que possa definir a atriz: masoquista ideológica.