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Renegociação ajuda MS; corrupção e incompetência podem atrapalhar


O Governo Azambuja vai bater bumbo por esses dias por causa da renegociação da dívida dos Estados, aprovada pela Câmara dos Deputados, o que lhe dará chance de economizar cerca de R$ 670 milhões anuais, ajudando a equilibrar as contas estaduais.

Historicamente, toda a vez que sobra dinheiro público, o corporativismo se arma, briga nas ruas, e consegue absorver essa economia na forma de aumento dos gastos públicos, com reajustes salariais acima da inflação, formalização de contratos superfaturados, obras desnecessárias, enfim, aprofundando o ensimesmamento do Estado, deixando migalhas para a sociedade.

Vira festa.

Politicamente, o Executivo se fortalece, e passa a comprar a preço mais caro a governabilidade. Todos querem seu naco.

Indispensável dizer a proporção de abusos, mas o eleitorado se acalma porque sente que há movimento na economia, mesmo que não seja sustentável.

Tudo isso cria uma onda benevolente, mas quando a conta começar a ser cobrada - se for cobrada - o governante não será o mesmo, e tudo ficará por conta da chamada "herança maldita".

No Brasil, até o passado é incerto.

O Governador Reinaldo Azambuja - e toda a República de Maracaju - certamente ficará satisfeito, pois terá recursos para criar uma "hegemonia" de médio prazo, podendo esmagar os adversários políticos com falsos discursos, pois na hora da bonança as pessoas aceitam qualquer coisa desde que possam consumir e pagar as contas no final do mês.

Vamos, literalmente, começar a fase da "farra do boi".

Oremos!