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Meirelles perde a luta contra o populismo


O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está sendo obrigado a contornar sua política de austeridade no processo de renegociação da dívida dos Estados, flexibilizando a questão do teto dos gastos do funcionalismo público. Para o Governo de Mato Grosso do Sul a notícia é boa, pois somos a segunda unidade federativa que mais gasta com pagamento de servidores (incluindo aposentados, terceirizados etc) em todo o País.

Desde do ano passado, o MS despende mais de 72,6% de sua arrecadação para pagar pessoal. O primeiro lugar fica com o Rio Grande do Sul, com 75,4%.

Meirelles queria que as unidades federativas que tivessem ultrapassado o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal se enquadrassem. Mas a base do Governo refugou. O Ministro da Fazenda passou a usar outro conceito: o teto total de gastos, independentemente das despesas funcionais.

Noutras palavras, a tentativa de organizar as contas públicas com um choque de austeridade num setor nevrálgico do custeio do Estado foi atingido pelo populismo reinante do Oiapoque ao Chui.

A reportagem da Folha de S. Paulo dá detalhes desse processo.