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Entre Feliciano e Nelson Cintra


O caso que envolve a estudante de jornalismo Patricia Lélis e o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) tem tudo para se transformar num roteiro novelesco, em que não se sabe o que é ficção e realidade.

Lélis acusa Feliciano de tentar estuprá-la e, depois, de tentar comprar seu silêncio. O deputado nega as duas acusações.

Ontem foi divulgado um vídeo em que se negocia dinheiro para silenciar a moça. O chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer, mandou entregar a ela R$ 50 mil. Ela depois disse que recebeu R$ 10 mil.

O intermediário - Artur Mangabeira -  embolsou R$ 40 mil. LĂ©lis sugeriu a Bauer que deveriam matá-lo.

Ela também acusa Bauer de mantê-la em cárcere privado e coagi-la a gravar os vídeos que publicou em redes sociais inocentando o deputado, o que o assessor do parlamentar nega.

Na quinta-feira (5), Bauer chegou a ser detido em SĂŁo Paulo, mas foi liberado horas depois, apĂłs prestar depoimento.

Ou seja, uma confusĂŁo dos diabos.

Está claro que se trata de um ambiente em que ninguém presta.

O mesmo ocorreu recentemente em Campo Grande envolvendo o diretor-presidente Nelson Cintra e a jornalista Nilmara Caramalac.

Houve denúncia de assédio sexual, documentação apresentada, ação proposta ao Ministério Público, manifestação de órgãos que defendem as mulheres, enfim, uma confusão dos diabos.

Até agora nada aconteceu. Nilmara ganhou a pecha de "maluca" e "desequilibrada".

Só que ninguém respondeu a seguinte pergunta: por que o Governo contrataria uma pessoa com problemas mentais?