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Empreguismo: Governo de MS gasta 72% da receita com servidores


No processo de renegociação das dívidas dos governos estaduais, os números tem que ser postos à mesa. Na edição desta terça-feira da Folha S.Paulo a sociedade sul-mato-grossense ficou sabendo que, dentre todas as unidades da Federação, o Mato Grosso do Sul, em 2015, encontra-se em segundo lugar na relação entre despesa com pessoal e receita, só perdendo para o Rio Grande do Sul.

Isso significa que a tão propalada gestão eficiente do governador Reinaldo Azambuja é uma falácia. A administração pública contratou aos borbotões, ultrapassando o limite de 60% de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Isso significa que as elevações da carga tributária promovida pelo Governo estadual estão sendo utilizadas para pagar maior número de funcionários contratados, na maioria dos casos para atender interesses políticos.

O governador Reinaldo não está fazendo uma administração austera e previdente, termos sempre utilizados nos seus discursos.

Na verdade, ele está operando a máquina para dentro, incentivando clientelismo, investindo numa gestão que promove ao mesmo tempo o aparelhamento e enfraquece as finanças do Estado.

Além disso, fortalece alguns setores da economia com incentivos fiscais concedidos a poucas empresas (geralmente doadores eleitorais, como JBS/Friboi etc), destrói programas como "Bovino Precoce" (e mais alguns), rompendo com a lógica de desenvolver o Estado fortalecendo a diversificação da economia.

Se alguém ainda se lembra do programa de Governo, é bom guardar, pois o governador jogou na lata de lixo.

Veja reportagem Folha de S.Paulo que apresenta quadro demonstrativo de despesa com pessoal.