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E se a pedra nos acertasse?


Estou linkando aqui um texto da Folha de São Paulo de hoje, de autoria de Salvador Nogueira, informando que "astrônomos brasileiros descobriram na madrugada deste sábado (27) um asteroide prestes a passar de raspão pela Terra"

Segundo a descoberta a pedra gigante "passará a menos de um quarto da distância até a Lua, fazendo sua aproximação máxima às 22h25 de hoje".

Diz mais: "a descoberta foi feita por Cristóvão Jacques, João Ribeiro de Barros e Eduardo Pimentel, do observatório SONEAR, localizado em Oliveira (MG). Eles conduzem o único esforço significativo de monitoramento de objetos ameaçadores à Terra no hemisfério Sul — iniciativa de defesa planetária que é mantida 100% com recursos privados".

Comento: gosto de imaginar o que aconteceria se fosse anunciada que a pedra viesse em nossa direção e que, de repente, o mundo da forma como conhecemos seria transformado, em poucas horas, à semelhança das distopias cinematográficas sobre o final dos tempos, num lugar sombrio e inabitável. 


Realizem, leitores: não teríamos que nos preocupar mais com o impeachment de Dilma, com a candidatura Trump, com o "Fora Temer", com os cabelos de Rose Falsiane, com a voz maviosa de Bernal, com os programas televisivos de Marquinhos Trad e Cel. Davi, enfim, com tudo aquilo que cacareja no dia a dia, dando importância à uma vida sem significado nenhum.



Realizem, realizem, respirem fundo, meus amigos. 



A pedra chegando, nós não sabendo o que fazer nos momentos finais, olhando para céu como aqueles dinossauros  queum dia, há milhões de anos atrás, também olharam para o alto sem saber que uma grande merdança estava prestes a acontecer.  



De minha parte, não faria nada. Ficaria ouvindo Wagner a todo o volume e bebendo uísque. Mais nada. Talvez, antes da pedra chegar, começaria a rir de mim e de todos. 



Só isso. Faria a minha homenagem pessoal à nossa insignificância universal. 



Puf.