Cinquenta tons de Trad
Acordo de manhã com um telefonema: "você viu o vídeo do Marquinhos Trad?". Que vídeo?, pergunto. Ora, tá em toda a imprensa do Estado. Pegaram o homem praticando libidinagens com uma loura?
Meio fora do eixo, ainda bêbado de sono, disse ao meu interlocutor que ia ver e que depois eu ligava. Dormi mais meia hora.
Depois do café, procurei o vídeo e não achei. Só encontrei notícias sobre o vídeo. Aquela história de sempre: existem as imagens que comprometem o candidato etc, etc, etc e tal.
Liguei de volta para o jornalista excitado. "Olha, não achei vídeo nenhum!".
- Ninguém quer publicar, é muito nojento.
- Então, me manda para que eu possa ver do que se trata.
- Tudo bem.
Recebi o vídeo. Na verdade, é a imagem de um celular com um sujeito correndo o dedo na tela mostrando mensagens e fotos no WhatsApp.
A notícia sobre o vídeo suscita mais curiosidade do que o material propriamente dito.
Tem-se a impressão de que Marquinhos Trad atende uma eleitora numa emergência para possibilitar que uma criança seja atendida na rede hospitalar.
Em agradecimento, essa eleitora ( uma moça bonita e sensual) mexe a com a libido do deputado mostrando todos os seus dotes. Nesse jogo voyeurista, não fica claro se a história é verdadeira ou falsa.
Como se trata de imagem das imagens, pode perfeitamente ser uma montagem de uma ficção pornô. Se for, a coisa é meio nojenta.
Com destreza, imaginação e atores pagos pode-se fazer coisas parecidas com qualquer pessoa, autoridades, empresários, candidatos, juízes etc.
Como disse o Papa Francisco, a vida é louca.
Se Marquinhos perder a eleição, tem um nicho de mercado onde ele poderá atuar com grande sucesso!