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Athayde e Valente: o laranjal e a minha cunhada


O Partido Popular Socialista (PPS) não é e nunca foi um partido expressivo em Campo Grande. 

Na verdade, é uma agremiação de quadros, com filiados da classe média de esquerda, formada por uma militância intelectualizada, que não consegue ter densidade eleitoral para ser respeitada no jogo bruto da política. 

O partido tem imagem boa, de gente inteligente e honesta. Não faz feio no cenário nacional.

O PPS, aqui em MS, sob o comando de Athayde, acabou sendo um partido cujo destino é habitar as frinchas fisiológicas do poder. 

Eles só fazem oposição contra outros partidos de esquerda, como o PT, PC do B, PSOL e outros.

Com a direita atrasada, tipo PSDB de Azambuja, eles são mansos. 

Eles também não gostam de André Puccinelli. Deve ser um problema freudiano, sei lá...

Antes de se tornar candidato à prefeito de Campo Grande, Nery era secretário de Azambuja. Uma boca legal dificilmente de ser abandonada em nome de um projeto de poder ou causa ideológica. 

No máximo, o PPS imagina que esse processo eleitoral insere-se dentro de uma estratégia mais "ampla" para ocupar espaço dentro da estrutura do Estado, e assim "fazer avançar a sociedade". 

Essa lógica meio capenga está na base da candidatura de Athaydinho, que depois de sofrer horrores para encontrar um vice, foi salvo por uma alma benigna chamada Frederico Valente. 

Ambos formam o laranjal de esquerda de Azambuja. 

Eles servirão cordeiramente o governador para tentar eleger Rose Falsiane. 

Se der certo, Athayde volta a ser secretário e pode carregar consigo uma nova leva de funcionários públicos com ele. 

Se der errado, tudo bem, volta a ser secretário, mas terá que aguentar cavalgaduras como Nelson Cintra e outros capitães do mato. Ninguém pode ter tudo. 

Não sei o que será de Valente. Muito menos o que ele está fazendo nesse meio. 

Ontem fiz uma pergunta direta para ele via facebook: "você é laranja de Azambuja?". 

Ele respondeu particularmente via messenger: "pergunte para a sua cunhada. Ela me conhece".

Não é preciso dizer mais nada.