Existe um truísmo em comunicação social que diz que a imagem  que se propaga revela a essência do indivíduo ou da instituição.

O site do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul noticiou ontem a reeleição do presidente da Corte, Waldir Neves.

Tascou a seguinte manchete: "Conselheiros reelegem nova diretoria do TCE-MS".

O blog recebeu mensagens apontando o erro: é impossível "reeleger" o novo. O correto seria "Conselheiros reelegem diretoria..." e ponto final.

Ao optar não só pela redundância, já que "reeleição" traz implícito o conceito de repetição, a palavra "nova" está deslocada em seu sentido estrito.

Esse detalhe poderia ser desconsiderado, pois se trata de distração motivada talvez pela ansiedade propagandista moderna de querer sempre enfiar a questão da "novidade"em tudo.

É um truque de marketing. Mas que no caso do Tribunal de Contas de MS pode ser revelador de um ato falho: nada ali é novo.

Aliás, ali é onde deságuam todas as velhas práticas dos vícios de nossa política. Mais não digo.

Daí a necessidade de mostrar que o órgão está sob "nova" direção.

Freud explica.