O publicitário João Santana deu depoimento à Justiça falando coisas óbvias, mas que na sua boca podem parecer assombrosas: "com generosidade, e com conhecimento de causa, eu digo que 98% das campanhas no Brasil utilizam caixa dois. Que isso envolve das pequenas às grandes campanhas. Que centenas de milhares de pessoas - quase certo que milhões - de todas as classes sociais e de dezenas de profissões são remuneradas com dinheiro de caixa dois. Mais que isso: o caixa dois é um dos principais - senão o principal - centros de gravidade da política brasileira".
Tem mais (veja AQUI). Só que é bom lembrar que retórica não resolve o problema de ninguém, a não ser de João Santana.
O homem conhece todos os truques de marketing. Se vai dar certo com ele, é outra questão. O fato é que ele e a esposa cometerem crimes. Quem vai dizer a gravidade do ato criminoso e a dosagem da pena que ambos merecem é o judiciário.
Eles podem se sentir injustiçados. Esse é o papo. Mas esquecem que alguém tem que servir de exemplo pedagógico. De pouco adianta falar que no mundo inteiro existe corrupção eleitoral. Isso não exime sua culpabilidade.
O publicitário e sua esposa estão no limite do desespero, dispostos a entregar tudo. O problema é que grande parte das revelações que teriam condições de fazer os Procuradores já disseram que são questões ultrapassadas e comprovadas por outros delatores.
Santana e Mônica têm que botar o dedo ferida: falar o que sabem sobre Dilma e Lula.
Entrar nesse campo será correr riscos e viver em eterno perigo. Vai daí que....