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O outro lado


O jornalismo "militonto" confunde "mídia de superfície" com a atividade blogueira. O blog é um exercício jornalístico individualizado, não tem estrutura para fazer reportagens, ouvir os lados, correr atrás de notícias.

Esse tipo de jornalismo é de outra cepa. Nós canibalizamos o noticiário, comentamos, emitimos opiniões pessoais.

Quando calha, publicamos documentos exclusivos, exploramos textos alheios com olhar crítico, ironizamos, fazemos piadas, enfim, escarafunchamos jornalisticamente os fatos dados com visão própria de mundo.

O blog é instrumento derivado das redes sociais. Claro que tem que agir com responsabilidade conforme suas visualizações vão aumentando. No meu caso, comecei a postar meus "milhos" há cerca de 30 dias.

No começo, 60 ou 70 almas perdidas bicavam por estas páginas avulsas. Hoje são 70 mil.

Compartilhamentos e acessos via facebook são milhares. Melhor pra mim. Pior para o poder.

O mercado jornalístico de Mato Grosso do Sul, por obra e graça do Governo, só está vendendo carros pretos. Então, achei que seria uma boa vender carros brancos. É tudo uma questão de tonalidade.

Recentemente, comecei a comentar o caso da jornalista Nilmara Caramalac. Não a conheço. Recebi os documentos com suas denúncias e decidi publicá-los. Na verdade, já me passaram por baixo da mesa coisas cabeludíssimas, mas fiquei desconfiado e segurei, esperando confirmações mais sólidas.

Me perguntaram porque, nesse caso, não ouvi o "outro lado" da história. Simples: não sou órgão noticioso. Mas se Bosco Martins e Nelson Cintra - os acusados de cometerem assédio (e não abuso) contra a jornalista -  fizerem o favor de me enviar uma nota, um artigo, uma frase, explicando suas versões do caso, terei o maior prazer em publicá-los todos.

O espaço está aberto. Fiquem à vontade.