Tudo bem: a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 43,1 milhões do ex-governador André Puccinelli(PMDB).
Jogo jogado.
Medida semelhante foi tomada em relação ao empresário Micherd Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada.
Jogo jogado.
O bloqueio dos bens é um desdobramento da segunda fase da operação Lama Asfáltica, realizada em 10 de maio pela PF (Polícia Federal).
Neste roteiro com enredo difuso Edson Giroto foi preso.
O empreiteiro João Amorin foi preso.
O operador João Baird está sob investigação cerrada e corre o risco de cana dura. Embora esteja mantendo seus contratos com o Governo tucano.
Enfim, vários coronéis estão sendo citados pela imprensa todos os dias.
O que anda fazendo o Deputado Vander Loubet?
O Andressismo ficou oito anos no poder. Desenvolveu projetos importantes para o Estado e deixou esqueletos por todos os lados. É a vida.
Antes disso, tivemos Zeca do PT e sua turma. Oito anos de poder.
Não é preciso dizer que esse pessoal também deixou esqueletos espalhados, com alguns até hoje se chacoalhando por aí. É a vida.
A única novidade em toda essa história, na minha opinião, é a mudança de postura do judiciário, pós-ativismo do Juiz Sérgio Moro com a Operação Lava Jato.
Tudo o que está ocorrendo é determinado por um processo histórico fundado com a Nova República, consolidado com a Constituição de 1988.
A estrutura de poder numa democracia cria vícios e virtudes.
Estamos conhecendo os vícios.
Fecho esse texto com uma questão: nos governos estaduais uma das profissões mais perigosas do mundo é a de Chefe da Casa Civil.
No Governo André esse cargo era ocupado por Osmar Jeronymo. Era sabido na época que era um personagem que se articulava em todos os setores governamentais.
Por isso, ganhou um cargo de Conselheiro no Tribunal de Contas, da mesma forma que no governo Zeca, o Secretário de Fazenda, José Ricardo Pereira Cabral, obteve a mesma sinecura.
Pergunto: onde está Jeronymo? Por que ninguém cita seu nome? Ele atravessou um governo inteiro travestido de vestal? Não viu nada? Não sabe de nada? Não fez nada?
As mesmas perguntas devem ser feitas em relação à Cabral, com o agravante das razões pelas quais o levaram a cancelar um pedido de aposentadoria, depois de todo o processo consolidado. Esquisito.
O ministério público e a Polícia Federal conseguem responder a essas perguntas?
Já sei: a mídia esqueceu esse assunto.