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Eleições em Campo Grande: rumo ao futuro


Até o dia 05 de agosto os partidos políticos terão que decidir seus candidatos e suas alianças. Por isso, o quadro de hoje poderá ser outro até lá. Em política, 48 horas é uma eternidade.

O processo tem um dinamismo implícito que solapa qualquer capacidade previsível dos seus agentes. Mesmo assim, existem aqueles que acreditam ser profetas e gostam de determinar como os fatos eleitorais vão ocorrer no decurso do tempo.

Tudo conversa fiada. São muitos elementos em jogo para que tudo seja solucionado com raciocínios lógicos. A teoria das nuvens ainda é a melhor de que dispomos para avaliar a situação em que nos encontramos.

Por enquanto, dizem, só há duas certezas eleitorais em Campo Grande: as candidaturas de Alcides Bernal e Rose Modesto. Mas será mesmo? O modelo coronelista de nossa política diz que não. De repente, interesses outros, conveniências de ocasião, acordos submersos, levam o processo para outras paragens, para surpresa do eleitor.

Além disso, há a influência daquele senhor poderoso que quase ninguém se lembra: o Imponderável da Silva.

O modelo de campanha eleitoral deste ano - sem financiamento empresarial, propaganda restrita, forte preponderância das redes sociais, eleitor mais crítico e adverso - poderá criar um ambiente de escolha diferente.

É provável que o candidato com chance seja aquele que tem segmentos fidelizado do eleitorado. O único que se apresenta com esse perfil é Bernal. Os demais flutuam numa bruma escura tentando tatear à frente em busca de um porto seguro.

Complicado.

Mesmo assim, com os nomes atuais postos, sobra um dilema para o eleitor: nenhum deles representa a perspectiva de mudanças efetivas de rumo. Olhando para cada candidato, fica claro que a cidade vai continuar piorando. Teremos que escolher entre o nada e o coisa nenhuma.

Não será fácil.