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Eleição: Quadro esquizofrênico


No atual momento político, o ambiente é propício para se espalhar boatos. O fenômeno não é local. É nacional. Em cada município - com as exceções de praxe - a indecisão, a insegurança, o medo de se lançar candidatos que "não vão pegar" tem assombrado as lideranças partidárias.

Aqui em Campo Grande a incerteza é a regra. O noticiário de nossa imprensa entrou naquela fase esquizofrênica das especulações delirantes, no qual um candidato consegue ocupar três lugares ao mesmo tempo. Só rindo.

Neste fim de semana, falaram muito em Marquinhos Trad, considerado imbatível; e Bernal, considerado temeroso. O primeiro, se for esperto faz alianças consistentes para ganhar; o segundo, como mantém uma resiliência assombrosa ao manter cativo 30% do eleitorado, dependendo da fragmentação do eleitorado, pode até vencer.

Tudo vai depender dos níveis de abstenção, dos votos nulos e brancos. Essa é a questão imponderável.

Correu forte também a desistência de Rose Modesto como candidata tucana. O nome de Eduardo Rídel cresceu no vácuo. Depois, o do deputado Beto Pereira. Se Azambuja não estivesse sob o cabresto curto de Sérgio de Paula, adotaria uma postura mais ousada e correria mais risco. Mas vá lá saber com quais chaves $érginho mantém o governador trancado.

Está todo mundo reclamando de Rose. Ela anda nervosa demais, enredada pela ambição incontrolável da família, usando igrejas evangélicas como instrumento de pressão, que afirmam que, se não for ela, correm para os braços de Berna. É complicado.

E o PMDB segue dando a impressão de que assiste ao jogo sem meio saber o que fazer. Puccinelli gosta de grandes surpresas de última hora. Manterá a tradição?