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Cunha quer ser esquecido, mas é difícil...


O deputado Eduardo Cunha quer ser esquecido. A partir de agora, todas as suas manobras e artimanhas visam apenas a submersão. Ele conta com a hipótese (improvável) de que o período de recesso parlamentar abrandará os ímpetos da Câmara e da mídia em busca de seu pescoço.

O Brasil não esquecerá o deputado tão cedo. Nosso malvado favorito está devendo um pixuleco à Nação.

Concordo que se não fosse seu denodo e sua inteligência Dilma ainda estaria aí, fazendo aqueles discursos que tentam demonstrar que 2+2 são cinco.

Tudo bem. Cunha cumpriu seu papel de caça-PT.

Conseguiu algo que se imaginava impossível: esmagou e humilhou um partido que se notabilizou pela esperteza com que manobrava as cordinhas mágicas do poder.

Mas as contas nas suíças, os tráficos de influência, as chantagens declaradas, a truculência nos jogos de bastidores, tudo isso deixou marcas profundas no imaginário nacional.

É praticamente impossível esquecer Cunha. Da mesma forma que, por enquanto, é impossível esquecer Dilma, Lula e José Dirceu.

Essa novela terá que ir até o fim. Não poderá haver novas temporadas. Nem um final infeliz. Pelo menos é isso que a Nação espera.