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Como a picaretagem dominou o mundo


Pessoas normais precisam ler “Como a picaretagem conquistou o mundo – equívocos da modernidade”(Editora Record, 360 pags, 2007), de Francis Wheen, jornalista e escritor inglês, decano do jornal The Guardian, que escreveu a mais celebrada biografia de Marx.

Trata-se de um livro “abre-cabeça”, mostrado como governos, corporações, mídias, entidades de classe, igrejas etc., transformam a sociedade em massa de manobra, tentando criar no mundo a famosa ideologia do rebanho.

Fazendo uma infusão da crença com superstição, misticismo e delírio, mostrando como a marquetagem cria celebridades, conceitos e ideias estapafúrdias, envolvendo de roldão intelectuais ingênuos e “artistas” superficiais, tudo para “vender” uma cultura politicamente correta, Wheen conta histórias envolventes, quase nos matando de rir quando percebemos que essa “loucura” também acontece com aqueles que imaginam ter um tremendo senso crítico em relação ao sistema.

Livro como esse liberta. Dá para ler numa sentada. Ao final percebemos que a picaretagem deixou há muito de ser uma trama perversa e passou ser um modo de ser.