Cintra e Bosco: assim são os fatos
Depois da denúncia da jornalista Nilmara Caramalac recebi inúmeros telefonemas, mensagens e e-mails. Algumas pessoas fizeram-me críticas por causa da manchete do post "Bosco Martins e Nelson Cintra são acusados de assédio sexual".
Os reparos tiveram o seguinte argumento: "Bosco não assediou ninguém, foi Nelson Cintra".
O radialista Joel Silva ligou amistosamente me chamando a atenção para o fato de que a foto em que ele participa da entrevista com Nilmara e Bosco estava lhe causando problemas familiares.
Ele estava na hora errada no momento da foto. Concordei. Silva não desmentiu a notícia. Ele com seu silêncio apenas confirmou. Por isso, suprimi seu rosto da imagem em seguida.
Ele não tem nada a ver com a ilustração da matéria.
Advogados que consultei antes da publicação me orientaram a me ater aos documentos. Sei que o caso é politicamente grave. O governador e Sérgio de Paula devem se preocupar com o que está acontecendo na "cozinha" de suas respectivas administrações.
Recebi uma mensagem de voz de Nilmara ( enviada para outro jornalista) em que ela diz textualmente o seguinte: "quanto ao blog do dante eu só fiquei preocupada com aquele tema lá em cima, entendeu? Com a chamada dele. O texto dele tá ótimo, o texto ficou legal. A chamada que ficou preocupante, esse negócio de ter sofrido abuso do Bosco, sexual, Quem fez o abuso mesmo foi o Nelson Cintra. Eu acho que ele (Bosco) foi conivente, é diferente".
Comento: a manchete diz que Bosco e Cintra cometeram "assédio" e não "abuso". Explico: o que Bosco Martins fez foi facilitação. Usou um estratagema hierárquico inexistente para aproximar Nilmara de Nelson Cintra. Na linguagem policial isso se chama "proxenetismo".
Fato: Bosco Martins quis abrir espaço de poder com Cintra, visto que sua esposa trabalha com Cintra, num posto de comando.
Talvez o "favor" (agora especulo) prestado por Bosco a Cintra fosse Nilmara. Jogo de influência, entendem?
Aviso aos navegantes: sei que esse assunto machuca. Não gosto de publicar esse tipo material jornalístico. Mas considero importante porque exemplifica um modelo de exercício de poder.