Converse em off com alguns vereadores de Campo Grande sobre a candidata do PSDB da Capital, Rose Modesto. Eles falam coisas que não podem ser ouvidas na presença de crianças. Publicamente, se calam. Teme algum tipo de retaliação do coronelato tucano. Mas instados a falar com a promessa de ocultação do nome - na base do que "se você falar que fui eu que falei eu nego" - eles revelam atos e fatos que assombram.
A maioria está inconformada com o fato de Rose estar sendo protegida pelo Ministério Público Estadual. Daí, alguns até sugerem formar uma força tarefa para elaborar um espécie de dossiê para ser usado em campanha eleitoral. "Olha, uma pessoa com esse perfil, sem preparo, com muita ganância, não pode ser eleita para a prefeitura", comenta um deles.
Outro: "tenho medo, a cidade não aguenta uma sucessão desastrosa que começou com Bernal, pulou para Olarte, voltou para Bernal; se Rose levar, será preocupante".
Mais adiante: "Rose tem um esquema pesado com igrejas evangélicas, nomeou muita gente no Estado, tem uma família complicada, eles querem saquear os cofres dos municípios na maior cara de pau".
Pergunto para um desses vereadores: por que você não se manifesta publicamente sobre isso? O cara coça a cabeça e diz: "esse pessoal do Reinaldo é muito atrasado, eles não sabem conviver com divergência, eles barbarizam; o André é um cordeirinho perto dessa gente!".
Faço a pergunta de praxe: Rose tem chance de ser eleita? Resposta: "eles vão jogar uito dinheiro na campanha, estão contando com isso, com a máquina... o problema dela é que no decorrer da disputa vai ficar evidente o despreparo. Tem coisa que o marketing não resolve".
Finalizo: como vai se viabilizar recursos vultosos para financiar a candidata com a proibição de doações empresariais? A doações serão individuais. Isso não será um complicador?. Resposta: risadinha cínica.