No final de 2013, quando exercia o mandato de deputado federal, Reinaldo Azambuja publicou um artigo na imprensa para fustigar o governador André Puccinelli.
Naquela ocasião, premido pela divulgação de rankings de transparência em que colocava o Estado entre os piores avaliados do PaÃs, Puccinelli decidiu todos os meses publicar nos jornais um balanço com valores de receita, despesa e transferência de recursos obrigatórios para os municÃpios.
Era pouco, mas era um começo. No artigo de Azambuja ele diz mais ou menos isso e algumas coisas mais (Puccinelli, na ocasião não gostou): “Transparência é um conceito complexo. É mais do que publicidade. Trata-se de permitir acesso aos cidadãos de informação relevante, confiável, oportuna e compreensÃvel. Sabemos que, tempos atrás, a única maneira de se ter acesso detalhado aos dados da administração pública era recorrer ao Diário Oficial. Ou seja: o trabalho exigia um grau de conhecimento especializado que praticamente transformava a administração numa esfera inacessÃvel aos cidadãos comuns”.
O tempo passou. Azambuja foi eleito. Mas nada fez em relação ao assunto. Só acordou quando o Ranking Nacional da Transparência colocou o Estado na última posição entre os estados brasileiros no ano passado. Reinaldo descobriu que falar é fácil, o difÃcil é fazer andar o estado paquidérmico.
Correndo atrás do prejuÃzo implantou o Portal Transparência, garantindo uma posição satisfatória de estar entre os 10 estados brasileiros com melhores Ãndices de transparência. O que não está acontecendo com Campo Grande, que, dentre as Capitais, amarga o último lugar no ranking. Em se tratando de Bernal tudo é possÃvel.
Mesmo com toda a comemoração do Governo do Estado, o Portal Transparência de Mato Grosso do Sul padece de muitos problemas. Ele é de difÃcil acesso, os dados não são atualizados, o usuário não obtem informações sem antes percorrer caminhos repletos de pré-requisitos. Ou seja: para quem está acostumado com o padrão Google de informação, onde tudo é obtido num simples apertar de botões com palavras-chave, o cidadão de Mato Grosso do Sul sofre para conseguir informações importantes sobre o que o Governo faz com o nosso dinheirinho. Precisa melhorar muito. Apesar dos avanços reconhecidos.