O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul enviou nesta quinta-feira denúncia por lavagem de dinheiro e corrupção à 3ª Vara Federal de Campo Grande do ex-secretário de Obras, Edson Giroto, sua esposa, o empresário João Krampe Amorim e outras dez pessoas. De acordo com apurações da Operação Lama Asfáltica R$ 45 milhões em verbas públicas foram desviadas.
A situação desse grupo - e seu entorno - complica-se um pouco mais. Quem imaginar que o roteiro de operações semelhantes, que correm Brasil afora, segue caminho parecido, acerta no alvo: esse pessoal pegará cana dura cedo ou tarde.
A saída será fazer o que está previsto em lei, no conhecido esquema de redução de danos: contar o que sabe, entregar o ouro, devolver parte do dinheiro amealhado, batendo no peito no estilo "doa a quem doer". É melhor ficar dois ou três anos em regime semi-aberto, com tornozeleira eletrônica, do que numa cela suja e fétida, aguentando broncas da carceragem. A vida na cadeia não é fácil.
Na governadoria, na Assembléia Legislativa, no Tribunal de Justiça, de cada dez cabeças coroadas, pelo menos oito acreditam que Giroto e Amorin falarão o que sabem, causando tumulto no ambiente político deste ano. Alguns tremem só de pensar o que sairá da boca desses dois.