Ouvir os mesmos argumentos das testemunhas de defesa e acusação na Comissão do Impeachment da presidente Dilma no senado tornou-se um novo modo de tortura dos telespectadores brasileiros. Ninguém agüenta mais.
Assistir aos gritos e pedidos de “questão de ordem” das senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) , Gleisi Hoffmann (PT/PR) e Lindbergh Farias (PT/RJ) tem provocado a reação imediata de se buscar sofregamente o aparelho de controle remoto para mudar de canal.
Nessa hora, só se o cidadão for rematado masoquista para permanecer frente à TV tentando compreender o raciocínio de cada um. Todos falam ao mesmo tempo.Todos gritam. Trata-se de diálogo de surdos e loucos.
Poderia ser educativo, mas tornou-se enfadonho. Poderia ser estimulante, mas perdeu a graça. Poderia ser, enfim, um momento histórico, mas transformou-se em teatro do horror.
E ainda dizem que tudo isso é um golpe. Só se for golpe contra o bom-senso.