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A justificativa ideológica da corrupção


Os editoriais do jornal O Estado de S. Paulo estão inscritos na tradição jornalística brasileira como os melhores do País. Não pelo conteúdo, considerados por muitos como defensor exacerbado de bandeiras liberais, mas pelo estilo, clareza e objetividade. Qualquer pessoa de bom senso lê os editoriais do Estadão sem medo de ser feliz. Tem informação e reflexão na exata medida.

O texto da edição de hoje é um primor. Quem pertenceu a um partido de esquerda - ou conviveu com ele - sabe como as coisas funcionam quando se trata de dinheiro: o militante pode roubar recursos públicos, desde que seja para o partido. Pegar para si é um grave desvio pequeno burguês. Muita gente enfrentou o pelotão de fuzilamento por isso. É a vida.

Em tempos de Lulopetismo esse conceito ficou mais do que evidente. Aqueles que se refestelaram no consumismo conspícuo são desprezados pelo partido. Aqueles que engordaram o caixa partidário são considerados verdadeiros heróis da resistência.

José Dirceu, por exemplo, está no limbo. João Vaccari Neto é celebrado.

Nesse aspecto, o editorial é esclarecedor.(aqui)