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O radar social começa a procurar alternativa política no horizonte


Depois das eleições municipais, o radar social começa a procurar alguém que seja alternativa a Reinaldo Azambuja em 2018. 

No espectro político, por enquanto, não há ninguém com potencial para se apresentar, antecipadamente, ao processo sucessório. 

Mas dois anos é tempo longo demais para esmigalhar a confiança dos profetas do otimismo que inflam a cabeça dos governantes com os argumentos do autoengano.

Mesmo assim, pouco a pouco, a verdade é que se começa a cristalizar no mundo político estadual a convicção de que o Governo tucano terá apenas um mandato. 

Há tempos esse tipo de comentário tornou-se lugar comum nos ambientes onde se discute cenários futuros. 

Os resultados das últimas eleições estão corroborando essa tese. 

Claro que Azambuja poderá tentar alterar essa lógica. 

Mas ele teria que fazer reformas profundas em seu governo para conseguir reversão nos humores da sociedade, algo não muito factível do ponto de vista pragmático de nossa política pedestre. 

O quadro econômico em 2017 também não lhe será favorável. É provável que segmentos corporativos no funcionalismo e fora dele comecem a exigir medidas não sejam enquadráveis dentro da realidade das contas públicas nem da economia do Estado. 

Aumentos salariais e redução de carga tributária são como óleo e água nesse contexto. 

O correto seria apertar o torniquete e promover um forte ajuste nos gastos, abandonando a ideia de fazer um governo meramente publicitário como vem sendo feito até o momento. 

O problema é que Azambuja não tem uma equipe criativa, ou seja, pessoas que possam imprimir um outro ritmo no Estado, pelo menos no quesito credibilidade. 

A turma com a qual ele toca a máquina trafega entre o mediano e medíocre. 

O resultado, infelizmente, é esse monumento que estamos vendo à nossa volta.  

E pode piorar.