Pages

Bernal é contra Rose, mas tende à neutralidade política


O prefeito Alcides Bernal está reunido nesse momento com sua equipe de assessores mais próximos - além de sua coordenação de campanha e seus  marqueteiros - para avaliar o quadro eleitoral do segundo turno em Campo Grande. 

Hoje pela manhã, o prefeito concedeu entrevista a Rádio UCDB ao jornalista Paulo Yafusso, e fez críticas contundentes à candidatura de Rose Modesto. 

Ele disse que jamais apoiaria quem tem tanto escândalos e denúncias de corrupção nas costas para explicar.

Isso sinaliza que o apoio à candidatura tucana está descartada. Conversei com vários assessores próximos de Bernal e todos eles confirmaram que as manifestações dos eleitores nas redes sociais e em contato com eles rejeitam Rose. "A Rose fez uma campanha de ataque sistemático; o Marquinhos, ao contrário, fez uma campanha de projeção". 

Perguntei se Bernal mantém as críticas à família Trad - e que isso seria óbice para a formalização de um apoio explícito -, os assessores responderam que o quadro mudou e o sentimento da cidade também. "Isso é coisa do passado, temos que pensar no futuro", afirmou. 

Dos quatro assessores com quem conversei por telefone hoje pela manhã, três estão participando da reunião com o prefeito. "Eu acho que pelo temperamento dele, a opção vai ser pela neutralidade". 

Particularmente, considero essa posição um erro, pois Bernal poderá ser acusado de ter virado as costas para a cidade, num momento crucial de sua história. A grandeza política se faz dessa forma: tomando decisões que ajudem a criar perspectiva de futuro para a cidade e o Estado. 

Seria péssimo Bernal ajudar, por omissão, que tucanato construísse sua hegemonia política em Mato Grosso do Sul. O que aconteceu com o PT - na esteira dos petrolões, lava jatos etc - se repetiria em menos escala no Estado quando apenas um partido estabelece seu domínio territorial.