Não é preciso muita estrutura organizacional para saber como o uso abusivo do caixa 2 vem ocorrendo. Os operadores de dinheiro em campanhas eleitorais são conhecidos de toda a classe política. Basta investigá-los.
Basta também verificar nas redes sociais a quantidade de denúncias sobre o uso e o abuso de dinheiro para a compra votos. E o mais estranho é que não se percebe a presença da Justiça Eleitoral como força coatora de atos ilícitos que estão ocorrendo a céu aberto.
Basta fiscalização efetiva entre adesivadores profissionais que habitam em grande quantidade nossas esquinas para perceber com clareza a oferta de benefícios financeiros em troca de votos.
Basta verificar nas movimentações políticas nos bairros para se perceber que visitas "inocentes" de cabos eleitorais a eleitores estão sendo usadas como forma disfarçada de compra de consciência e apoios.
Do jeito que as coisas seguem, o TRE poderá ficar apequenado diante da maneira acintosa que o poder do dinheiro vem arrostando a vontade democrática da população no rumo da mais completa e absoluta ilegalidade.
Mais vigilância, mais alerta, mais fiscalização, enfim, maior presença no processo eleitoral por parte da Justiça é fator necessário para que, no dia do voto, prevaleça a vontade geral e não a força exclusiva daqueles que perderam os escrúpulos na corrida espantosa da luta pelo poder.