"Para um homem habituado a buscar e dizer a verdade, o mundo não é um dos lugares mais agradáveis"
H.L Mencken (O Livro dos Insultos)
Quem sou eu
Dante Filho
Jornalista e escritor. Atuo há 38 anos na imprensa sul-mato-grossense. Já fui assessor de imprensa do Governo do Estado e do Senado Federal. Escrevo ensaios, contos e poemas. Publiquei livros. Fui repórter e editor de jornais. Gosto de polêmicas. Liberdade de opinião e de expressão é minha missão. Acredito que jornalismo é análise e questionamento de todo e qualquer poder. O resto é secos & molhados.
E-mail: dantefilho@terra.com.br
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Julho
(186)
Nada define melhor o jornalismo político de hoje do que esse artigo do colega Dante Filho.
ResponderExcluirO jornalismo em si está cada vez mais capenga, mais cheio de muletas. Confesso que eu sou uma pessoa cheia de egos (e quem não é) e que apesar de amar jornalismo de política, estou cada vez mais desmotivada.
Você se depara com donos de jornais ávidos por poder (ou por pseudo-poder ou mesmo por apenas conseguir alcançar objetivos por meio do chamado quarto poder), nenhum poucos preocupados com o que realmente é necessário para o bom jornalismo.
Na outra via, editores que querem quase o mesmo poder, que se sentem semi-deuses e negociam seu jornalismo capenga, porque tem gente que paga esse jornalismo capenga. E sabe, que há vendidos e compradores. Os negociadores de corredores, que sim, lucram sim com isso, claro que lucram! A notícia é algo lucrativo.
Há também os jornalistas sonhadores, com salários baixos, alta carga de trabalho, ideais que raramente se cumprem, mesmo que a sensação de dever cumprido seja algo presente no dia a dia, sabe-se que é dar murro em ponta de faca, literalmente de domingo a domingo, de janeiro a janeiro, até o mundo acabar. Mas ele nunca acaba. É um mundo cheio de espinhos, e contas a pagar e sonhos intangíveis, até que você se rende, porque tapinhas nas costas e admiração alheia não pagam as contas nem faz você ter um carro bom para andar ou ter grana pra pagar aquele colégio para o filho ou comprar o remédio do pai.
E ainda, não podemos esquecer dos asseclas cheios de tapinhas nas costas e pessoas que no fundo querem apenas as benesses que essa proximidade com o poder traz.
Recentemente convivi com um assim, que pseudo-jornalista, se cerca de quem está no poder, tal qual mosca de lâmpada (ou de titica mesmo) e se vende em troca de tapinha nas costas e até mesmo um par de convites para algo que "só a nata" vai participar. E depois vai para casa, com a sensação de fazer parte. Mas não, não faz parte! E tem gente que se nega a entender isso, e continua catando as migalhas.
Entrega as cabeças dos colegas, a troco disso, de migalhas, e acredite, posso falar isso de "cadeira", porque vivi isso.
Se sente superior por causa de migalhas...
Se vende por causa de migalhas...
Cria "jornais" sempre buscando migalhas.
Desmerece o bom jornalismo, desacredita a imprensa por causa de migalhas.
E ainda há os mais tristes, aqueles que se fingem de felizes, e assumem que o palhaço pinta a cara para viver...
Eu já cansei de pintar a cara... Tirei a máscara, não sou feliz nesse atual jornalismo de política, e não tenho perspectiva que vá mudar.
Respeito muito meus colegas, alguns eu não tenho respeito mesmo, nem essa "máscara da civilidade" eu carrego mais. Não vou fazer isso mais. Quem é antiético, é antiético, quem é vendido é vendido, quem é sonhador é sonhador, pronto e acabou.
E finalizamos esse triste quadro, com você leitor, que muitas vezes toma partido, mas mal sabe você que é o último dessa "cadeia alimentar" feroz, que não está preocupada, nenhum pouco preocupada com a base da pirâmide. E acredite, nisso eu incluo até mesmo os políticos, que acabam reféns de uma rede terrível, alimentada pelo próprio povo.
http://www.dantefilho.com.br/2016/07/o-jornalismo-politico-ficou-cego-e-nega.html?m=1
Pra variar, ótimo texto do autor, sempre rebuscado e crítico. Acredito que textos do jornalismo (ou qualquer produto desse gênero) deveriam existir para esse propósito – de fazer as pessoas pensarem e se manifestarem – mas que infelizmente não é o que acontece. Vivemos um jogo de preenchimento de espaços, totalmente infinito e que não serve nem para abastecer vaidades do jornalismo (também infinitas) quanto mais a capacidade de sensibilizar o público, que por sinal não é algo tão complicado.
ResponderExcluirEmbora trabalhe tantas verdades, de tantas pessoas, inclusive a verdade das pessoas influentes, o jornalismo existe para que o cidadão simplesmente tenha acesso à informação do mundo que o cerca. O problema é que no jornalismo, e isso não se resume ao jornalista de política, vive uma entropia tamanha que se esquece da lei básica e número um que toda notícia deveria ter. Se qualquer colega dessa profissão ainda não conhecer essa lei sugiro que guarde consigo a eterna pergunta sobre a atratividade do material que produz e qual tipo de informação a pessoa do outro lado está esperando. Qual forma de tornar interessante aquela notícia? Qual forma de impactar na vida dos outros com aquela apuração e aquele produto que vai sair no jornal?
Cada um encontrará as suas respostas, e um sentido próprio de buscar o ‘melhor possível’ que no caso dessa área, ao meu ver, já significa um milagre. Eu procuro pactuar ilhas de bom senso à minha volta para tornar possível uma produção sadia dentro dos ambientes de redação, em que o tempo e a concentração desafiam a saúde de qualquer um, que busque pelo menos atuar pelo senso de dever cumprido. Para isso, tento facilitar os contatos com as fontes, facilitar o meu trâmite dentro do ambiente de trabalho e principalmente manter a minha mente livre para demonstrar algum tipo de criatividade no meu texto. A minha guerra é para esse ‘melhor possível’, e sinceramente isso me garante apenas uma motivação para seguir, nem vaidade, muito menos sonhos grandiosos. Vivemos tanto o presente que talvez isso torne míope a capacidade de sonhar.
Alternativas existem para tentar algo diferente, como por exemplo, as séries, ou até os material de áudio visual que começaram a pipocar em várias empresas. O grande desafio, que vai demorar ainda muito tempo para ser cumprido, é o de dentro das redações o senso de auto-valorização de cada um não transgredir uma convivência profissional sadia, que faça as pessoas aprenderem a fazerem juntas um bom trabalho. Isso nem sempre requer amizade, apenas algum entrosamento, ou talvez praticidade. Caibam os egos e o orçamento dentro de um método e o jornalismo dará um passo significativo para pensar no mais importante que é a sociedade para qual ele vive.