O deputado tem um olhar mais crítico, e não tem compactuado com as posições do governador Eduardo Riedel (do qual é vice-líder na Assembleia Legislativa) nem com a maioria dos membros da bancada federal. Assim, ele tem sido uma voz isolada a pregar num deserto inóspito e silencioso.
Como o poder de decisão de cada cidadão é muito limitado em temas de alta complexidade, confiamos que os especialistas e os parlamentares decidirão pelo melhor no pior dos mundos.
Mas Pedro Neto é uma voz diferenciada nesse assunto porque é a matéria de sua vida. Eu, por exemplo, escrevo e opino com as tintas da percepção, acompanhando o debate político, sem descer no plano dos detalhes. Ele, ao contrário, vai fundo nas minudências, e, interpretando-as, prevê que o que vem frente não será nada bom. Merece meu respeito. Mesmo não concordando integralmente.
Os detalhes pertencem àqueles que operam as minúcias da realidade, acreditando que eles determinam os movimentos da realidade. Meu pragmatismo diz o contrário. Quando os detalhes de uma reforma legal de grande envergadura, como é o caso, levam ao erro de grandes proporções há uma tendência de se buscar a formação de novos consensos e correções.
Os detalhes pertencem àqueles que operam as minúcias da realidade, acreditando que eles determinam os movimentos da realidade. Meu pragmatismo diz o contrário. Quando os detalhes de uma reforma legal de grande envergadura, como é o caso, levam ao erro de grandes proporções há uma tendência de se buscar a formação de novos consensos e correções.
Acho que isso vai acontecer ao longo dos anos.
Mesmo assim, não posso me furtar de publicar aqui uma mensagem que o deputado me enviou, buscando me sensibilizar quanto ao meu otimismo com a reforma ora em curso no Congresso Nacional. Como o tema está em aberto, peço licença ao parlamentar para publicar o texto enviado.
Aqui vai:
Caro amigo,
Mesmo assim, não posso me furtar de publicar aqui uma mensagem que o deputado me enviou, buscando me sensibilizar quanto ao meu otimismo com a reforma ora em curso no Congresso Nacional. Como o tema está em aberto, peço licença ao parlamentar para publicar o texto enviado.
Aqui vai:
Caro amigo,
Existem outras propostas de reforma tributária, além da PEC 45. Veja por exemplo o Simplifica Já (PEC 46), que resolve a maior parte dos problemas sem bagunçar o pacto federativo.O que está sendo discutido não é apenas uma reforma tributária, mas uma “mini constituinte” tributária.
Mudar a competência dos tributos da origem para o destino trará uma frustração de receita de MS de 30 bilhões nos primeiros 10 anos da reforma. Não é pouca coisa.
Além disso, após 2033 estarão extintos todos os incentivos fiscais. Como iremos trazer indústrias para MS?
Vamos desindustrializar Três Lagoas e a costa Leste?
Outra coisa: a PEC 45 só será implementada completamente em 2078!!!!
Considero um ganho político do nosso Estado ter conseguido zerar os tributos da cesta básica. A proposta original era subir a tributação para algo em torno de 30%.
A reforma tem que ser boa para o Brasil, mas também para o Mato Grosso do Sul. Só acho que tem opções mais fáceis e melhores
Mudar a competência dos tributos da origem para o destino trará uma frustração de receita de MS de 30 bilhões nos primeiros 10 anos da reforma. Não é pouca coisa.
Além disso, após 2033 estarão extintos todos os incentivos fiscais. Como iremos trazer indústrias para MS?
Vamos desindustrializar Três Lagoas e a costa Leste?
Outra coisa: a PEC 45 só será implementada completamente em 2078!!!!
Considero um ganho político do nosso Estado ter conseguido zerar os tributos da cesta básica. A proposta original era subir a tributação para algo em torno de 30%.
A reforma tem que ser boa para o Brasil, mas também para o Mato Grosso do Sul. Só acho que tem opções mais fáceis e melhores
Esse conselho federativo (previsto na reforma para compensar perdas tributárias) vai virar uma super receita, um Leviatã. Um órgão mais forte que os Estados. Não cheira bem tamanha concentração de poder.