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A economia do poema

 


Os juros do cheque especial 

Estão pela hora da morte

O preço do poema ficou proibitivo

Vale mais do que o ouro

que se tira do nariz

Minha mulher reclama

de que não há 

mais romantismo no mundo

Eu tento explicar pra ela

Que é melhor pagar no crédito

Porque no débito 

Tudo virou

Desamor