O encontro entre os dois maiores líderes políticos da atualidade, FHC e Lula, hoje no Hospital Sírio Libanes ( veja aqui), depois que Marisa Letícia teve declarada morte cerebral, devia ser suficiente para que parcela da sociedade brasileira compreendesse que assuntos humanos estão acima de visões mesquinhas da política.
A manifestação de solidariedade entre ambos dignifica os personagens, colocando-os num patamar de respeitabilidade que transcende a militância irracional que tem marcado a história do Brasil nos últimos anos.
No momento da dor da perda, Lula é apenas um homem comum. O ideal seria que quem não gosta nem admira o líder petista devia, respeitosamente, se calar. A morte iminente de sua esposa não devia, no mundo civilizado, dar motivo para manifestação de ódio ou deboche.
O gesto de FHC e Lula é suficiente para demonstrar que existe momento em que a sobriedade e a contenção engrandecem os homens, mostrando que, apesar de tudo, somos simples mortais.
