Pages

Bernal é uma anta resiliente


Bernal é a nossa anta. Mas tem uma resiliência impressionante. Há mais de um ano a imprensa da Capital vem promovendo o maior massacre já visto contra uma administração - e parece que não é com ele.

Mesmo com desaprovação imensa, rejeição espetacular, problemas terríveis de gestão (está mais do que claro que o homem não nasceu nem para administrar uma lanchonete), 1/3 da população não arreda o pé: está com Bernal e não abre.

O nosso prefeito parece que anda sozinho. É rejeitado pela classe política, pelo governador, pelas lideranças mais expressivas. 

Conseguiu, porém, a aderência de parte do Judiciário, e assim vai tocando sua vida.

No processo eleitoral, ele sabe que seu problema chama-se Marquinhos Trad.

Bernal não está preocupado com Rose. Conhece a "morena mais bonita do Brasil" o suficiente para atingi-la nos seus pontos frágeis no momento estratégico. Rose comeu nas suas mãos durante muito tempo. Ele sabe como lidar com a nossa Falsiane.

A reportagem de Danilo Galvão publicada hoje no portal do O Estado de MS, dá a exata dimensão da capacidade do Dr. Alcides de bater em adversários, quando o PTB realizou sua convenção num prédio da Seleta, um entidade pra lá de suspeita.

Ele disse: 

“Qualquer semelhança não é mera coincidência. Está escancarada a união que essa associação criminosa possui e deixo como pergunta quais bancadas da Câmara mais cresceram depois da janela partidária? O PSDB e o PTB saltaram para cinco integrantes, sendo que antes tinham dois e um parlamentares. Não há surpresa nenhuma e a Seleta irá ceder o espaço porque apoia esse grupo”.

A declaração pode ser demagógica. Bernal não é santo. Tem tantos pecadilhos como os outros. A diferença é que talvez ele esteja ciente do valor simbólico de certas coisas, algo que os outros não dão a mínima. 

Por exemplo: o entorno e os favores. 

Ninguém pode proclamar conduta ética quando tem a seu lado pessoas altamente comprometidas com corrupção. Ninguém consegue convencer o eleitor de que é sério quando mistura o público e o privado aceitando favores repletos de interesses mais do evidentes.