O governador Reinaldo Azambuja apareceu ontem num spot de TV de 30 segundos, da propaganda eleitoral gratuita, criticando a "campanha suja" que fazem contra sua candidata Rose Modesto.
Ele diz que "nada ficará sem respostas" a partir de agora. Lembra dos ataques a ele e seus familiares no jogo sucessório de 2014.
Diz que isso "é polÃtica velha".
Mostra uma leve irritação, sugerindo que também vai atacar. Na minha modesta opinião, esse vÃdeo tem duas funções: dar a senha de que o Governo está disposto a levar avante o "jogo sujo" na mesma equivalência da dos adversários e mostrar que de agora em diante a campanha será outra.
Chega de ser bonzinho. Paradoxalmente, é como se dissesse que também vai mergulhar "na velha polÃtica".
A dúvida que tenho é se cabe ao governador do Estado fazer o papel de militante polÃtico misturado com a de garoto-propaganda.
Vi o vÃdeo e fiquei chateado. Como pode o nosso principal mandatário - ou seja, aquele que representa toda a sociedade, acima das preferências polÃticas e eleitorais, e que devia, por dever constitucional de ofÃcio, se comportar como magistrado e voz moderadora do processo - se apequenar mais uma vez dessa maneira?
Acho que Azambuja incorpora as tendências primitivas de seu Capitão do Mato, Sérgio de Paula, e faz essas besteiras inomináveis.
Devia ter mais recato. Fazer se respeitar em nome da liturgia do cargo. E não se reduzir a um "Coroné" inconformado com o andamento da campanha.
Devia ter mais recato. Fazer se respeitar em nome da liturgia do cargo. E não se reduzir a um "Coroné" inconformado com o andamento da campanha.
O Brasil está em crise. Mato Grosso do Sul tem muitos problemas. Vai trabalhar, governador. Esquece campanha.