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Temer está ganhando; o populismo está perdendo: melhor para todos


Não adianta reclamar: o populismo está perdendo. Temer está ganhando. Sorte nossa. Azar das oposições malucas que imaginam que o discurso rastaquera de redução dos gastos com educação e saúde - uma mentira que não colou - pode mobilizar o País contra o Governo. 

A aprovação pela Câmara dos Deputados do texto-base da chamada PEC do Teto dos gastos, que limita, por 20 anos, as despesas do governo à inflação oficial dos 12 meses anteriores, é a demonstração inequívoca de que uma crise - qualquer uma - tem capacidade de chamar nossa classe política à razão, banindo do cenário a ideia de que o bolso da viúva não tem fundo e que podemos criar o paraíso na terra gastando o que não temos.

Os 359 votos favoráveis, 116 contrários e 2 abstenções mostraram que a água - ou a lama - bateu na bunda de todos. No primeiro turno, no dia 10 passado, 366 deputados votaram a favor da PEC e 111, contra (houve 2 abstenções).

Nada que expresse qualquer dissidência séria. 

Duvido que o Senado altere o rumo das coisas, mesmo que a mídia crie marola para manter o assunto em pauta. 

Pro meu gosto, o Governo deve insistir na reforma da previdência e em todas as demais que impliquem dar fôlego ao Brasil nos próximos 10 anos. 

A esquerda precisa entender que a atual geração não conseguirá mais catapultar o País na direção da redenção. 

Deve apenas reconhecer que fracassou e de que deve dar uma chance aos filhos e netos para construir um lugar melhor do que temos atualmente. Só isso. 

Reconheço que tal coisa parece ser tarefa complexa. Mas sem banir o populismo e as ilusões em torno do conceito de "um mundo melhor para todos" não avançaremos. 

Essa é a triste realidade. Não será bonito o que vai acontecer a partir de agora até 2018. Temos que nos convencer que é impossível fazer omeletes sem quebrar os ovos.