Há cerca de duas semanas, o blog lançou uma campanha para quem informasse a verdadeira identidade do "velhinho da Rose", o ator que vem aparecendo nos programas do horário eleitoral gratuito do PSDB, pontificando sobre a história política local, detonando a família Trad, Bernal, Mandetta e quem mais aparecesse pela frente.
Com conversa mansa, num ambiente doméstico, parecendo um morador de bairro da cidade, o ator Samuel da Luz, ator profissional, publicitário nas horas vagas, homem viajado, que vive em Curitiba e no litoral paulista, São Vicente, fazia o papel que lhe incumbiam com certa competência.
Segundo informações não confirmadas, seu cachê ultrapassa R$ 300 mil. Ele está hospedado num hotel da Capital, decorando seu papel e preparando suas falas com rara inspiração.
Enfim, ele era a boca terceirizada para bater e desconstruir o adversário político a peso de ouro.
O eleitor incauto imaginava que Samuel era alguém que vivia em Campo Grande.
Dias atrás, inclusive, um apoiador da candidatura de Rose Modesto enviou um comentário pelo facebook dizendo que o conhecia pessoalmente e o que o "velhinho" era morador da Moreninha II.
Tudo mentira.
O uso desse recurso publicitário - ou seja, utilizar um ator profissional para fingir que fala a verdade - é uma coisa usual em campanhas eleitorais.
Claro que é uma malandragem com a população porque a faz acreditar que o sujeito mora na cidade e sabe do que está falando, mesmo que sua narrativa seja uma obra de ficção.
Noutras palavras, trata-se de manipulação com a finalidade de criar conceitos, alterar visões da realidade e ganhar votos.
Pode ser eficiente, mas é anti-democrático. Faz o eleitor de idiota.
A Justiça Eleitoral devia ser mais rigorosa com esse tipo de prática. Espera-se que Samuel da Luz seja punido, juntamente com a campanha que representa.
E, de preferência, que não apareça mais por aqui.